Ontem, os índices bolsistas dos EUA fecharam em alta. O S&P 500 subiu 0,27%, enquanto o Nasdaq 100 avançou 0,37%. O Dow Jones industrial fortaleceu-se 0,43%.

Os índices atingiram máximas recordes na expectativa de que o Federal Reserve cortará as taxas de juros para combater a desaceleração do emprego. Embora a maioria das ações do S&P 500 tenha caído, o índice avançou graças aos ganhos de todas as principais empresas de tecnologia, exceto a Apple Inc., cujas ações recuaram 1,5% após o lançamento do iPhone 17. Os preços dos títulos interromperam uma sequência de quatro dias de valorização. O petróleo subiu após um ataque israelense no Catar, reacendendo preocupações sobre a intensificação das tensões no Oriente Médio.

Após novos dados indicarem desaceleração no mercado de trabalho, os investidores aguardam ansiosamente os principais índices de inflação que serão divulgados hoje. Esses resultados definirão o tom da reunião do Fed da próxima semana e ajudarão a determinar o grau de afrouxamento monetário até o final de 2025. Isso, sem dúvida, influenciará a capacidade de Wall Street de manter os ganhos deste mês.

As expectativas de inflação pressionam os títulos, afetando os rendimentos e a atratividade geral das ações. Se a inflação vier acima do esperado, o Fed pode adotar uma postura mais rígida, reduzindo a demanda por ativos de risco. Por outro lado, caso a inflação mostre novo arrefecimento, o Fed provavelmente sinalizará sua disposição para um afrouxamento monetário mais agressivo. Isso reduziria os rendimentos dos títulos, impulsionaria as ações e reforçaria a confiança no crescimento econômico contínuo. Com os mercados monetários praticamente precificando três cortes de juros pelo Fed este ano, a régua está alta.

A fraqueza no mercado de trabalho está empurrando o Fed em direção aos cortes de juros, mas a inflação permanece o fator-chave para a tomada de decisão.

Se os formuladores de política decidirem manter os custos de empréstimo inalterados, Wall Street provavelmente reagirá negativamente, já que um corte na taxa já está quase totalmente embutido nos preços. Operadores de opções apostam que o S&P 500 se moverá moderadamente após a divulgação do CPI na quinta-feira, com previsões apontando para uma oscilação de cerca de 0,6% em qualquer direção — bem abaixo da variação média de 1% observada ao longo do último ano.

Quanto ao panorama técnico do S&P 500, a principal tarefa dos compradores hoje será romper o nível de resistência mais próximo, em US$ 6.537. Isso permitiria um avanço adicional e abriria caminho para o próximo nível, em US$ 6.552. Outro objetivo igualmente importante para os touros será manter o controle sobre a marca de US$ 6.563, fortalecendo sua posição. Em caso de movimento de baixa, diante da diminuição do apetite por risco, os compradores precisarão intervir em torno de US$ 6.520. Um rompimento abaixo desse nível poderia empurrar rapidamente o índice para US$ 6.505 e abrir caminho em direção a US$ 6.490.