Durante o fim de semana, o Senado dos Estados Unidos deu um passo importante rumo à reabertura do governo, depois que um grupo de democratas moderados se dissociou da liderança do partido e votou a favor de um acordo destinado a encerrar a paralisação governamental recorde. Na noite de domingo, o Senado aprovou por 60 votos a 40 uma medida processual que permite o avanço do projeto.

Em seguida, a Casa suspendeu suas atividades até segunda-feira e ainda não definiu uma data para a votação final.

A evidente divisão dentro do Partido Democrata reflete a crescente preocupação entre os liberais moderados com os danos econômicos provocados pela prolongada paralisação do governo. O impasse forçou diversas agências federais a suspender operações, atrasou o pagamento de servidores públicos e afetou serviços essenciais, resultando em bilhões de dólares em perdas para a economia.

O voto dos moderados sinaliza disposição para negociar e colocar fim à crise. Apesar do progresso, o caminho para a reabertura total do governo ainda é incerto. O acordo proposto pelo Senado precisa ser aprovado pela Câmara dos Representantes, onde a maioria republicana pode contestar parte das disposições. O presidente também pode vetar o projeto se considerar o texto inaceitável.

Ainda assim, a votação no Senado oferece uma faísca de esperança: mostra que, mesmo em meio à profunda polarização política, compromisso e cooperação ainda são possíveis. Resta saber se os líderes de ambos os partidos conseguirão encontrar um terreno comum e chegar a um acordo que atenda aos interesses do país. Ainda não está claro quão rapidamente a paralisação poderá ser resolvida.

Para agilizar o processo, o Senado precisaria do consentimento unânime de todos os seus membros — e qualquer senador pode provocar dias de atrasos processuais. Como mencionado anteriormente, a aprovação na Câmara não está garantida. Os líderes democratas se opuseram a qualquer acordo que não inclua a extensão dos subsídios do Obamacare, que estão próximos de expirar — ponto que este projeto não contempla.

Enquanto isso, os republicanos conservadores defendem um texto que financiaria o governo até 30 de setembro do próximo ano. "Lutaremos contra o projeto do Partido Republicano na Câmara dos Representantes", declarou o líder da bancada democrata, Hakeem Jeffries, na noite de domingo.

A iminente resolução da paralisação de 40 dias remete a impasses anteriores, em que o partido que tentou usar o fechamento do governo como ferramenta política acabou fracassando. Donald Trump não conseguiu o financiamento para o muro da fronteira durante a paralisação de 2018–2019, assim como os republicanos não conseguiram revogar o Obamacare na crise de 2013.

Análise técnica

Para o EUR/USD, os compradores precisam romper o nível de 1,1570. Apenas acima desse ponto será possível visar 1,1590, com potencial avanço até 1,1610 — embora sem o apoio dos grandes players isso possa se mostrar difícil. O alvo mais distante permanece em 1,1636. Em caso de correção, espera-se forte atividade compradora em torno de 1,1545; se o suporte ceder, será mais prudente aguardar nova mínima em 1,1520 ou avaliar compras próximas de 1,1490.

No GBP/USD, os compradores da libra precisam superar a resistência imediata em 1,3150 para buscar 1,3180. Uma ruptura acima desse patamar seria difícil, mas abriria espaço para um movimento até 1,3215.

Em caso de baixa, os vendedores tentarão retomar o controle em 1,3135; um rompimento abaixo dessa zona seria um duro golpe para os touros, podendo empurrar o par até 1,3095 e, posteriormente, 1,3056.