No gráfico horário, o par GBP/USD continuou na sexta-feira seu movimento ascendente após se recuperar da zona de suporte de 1,3416–1,3425 e se consolidar acima do nível de retração de 76,4% em 1,3482. A recuperação deste nível durante a noite sugere um maior crescimento da libra em direção ao próximo nível de Fibonacci de 100,0% em 1,3587. Um movimento abaixo de 1,3482 favoreceria o dólar americano e alguma queda em direção ao nível 1,3416–1,3425.

A estrutura de ondas permanece de baixa. A última onda de queda rompeu, de uma só vez, dois fundos anteriores, enquanto a onda de alta mais recente ainda não conseguiu superar o topo precedente. O noticiário tem desempenhado papel relevante na formação dessas ondas nas últimas semanas. Na minha leitura, o cenário não é exatamente baixista, mas os padrões atuais sugerem a continuidade da tendência de queda ou, no máximo, um movimento lateral.

Na sexta-feira, os vendedores sofreram mais um revés do qual podem não se recuperar tão cedo. O relatório de folhas de pagamento não agrícolas (Nonfarm Payrolls) trouxe resultados fracos pelo quarto mês consecutivo. A criação de empregos segue mínima, enquanto a taxa de desemprego continua subindo. Outros indicadores do dia, como as vendas no varejo do Reino Unido, também favoreceram os compradores. Assim, os três principais dados divulgados na sexta apontaram para valorização do GBP/USD.

No gráfico de 4 horas, o movimento lateral é evidente, mas as notícias recentes sugerem que, após a quebra desse intervalo, é mais provável vermos nova valorização da libra do que do dólar. A moeda americana segue fragilizada, sem encontrar sustentação, e a situação se agrava a cada dia, já que o FOMC deve adotar medidas de flexibilização monetária em setembro — e não se tratará de uma ação isolada para agradar Trump.

No gráfico de 4 horas, o par também reverteu a favor da libra e se consolidou acima do nível 1,3378–1,3435. Isso significa que o processo de crescimento pode continuar em direção ao próximo nível de retração de 127,2% em 1,3795. O gráfico permanece misto, com os traders empurrando o par para frente e para trás. Neste momento, recomendo focar mais no gráfico horário. Não são observadas divergências em desenvolvimento em nenhum indicador.

Relatório de Compromisso dos Traders (COT):

O sentimento entre os traders "não-comerciais" na última semana de referência ficou um pouco mais baixista. O número de contratos de compra mantidos por especuladores aumentou em 61, enquanto as posições de venda subiram em 1.848. Com isso, a diferença entre compras e vendas passou para cerca de 76.000 contra 109.000. Ainda assim, como se pode observar, a libra mantém viés de alta, e os traders continuam mais inclinados para posições compradas.

Na minha avaliação, entretanto, a libra ainda tem espaço para queda. Nos primeiros seis meses do ano, o cenário para o dólar foi muito desfavorável, mas vem mostrando sinais de recuperação. As tensões comerciais estão diminuindo, acordos relevantes foram assinados e a economia dos EUA deve se fortalecer no segundo trimestre, impulsionada por tarifas e novos investimentos no país. Por outro lado, as expectativas de afrouxamento monetário pelo Fed na segunda metade do ano já exercem forte pressão sobre o dólar, em um contexto de enfraquecimento do mercado de trabalho e aumento do desemprego. Portanto, sigo sem identificar fundamentos consistentes para o início de uma "tendência do dólar".

Calendário de notícias para os EUA e o Reino Unido:

Em 8 de setembro, o calendário econômico não contém nenhuma entrada de destaque. O sentimento do mercado na segunda-feira não será influenciado por notícias.

Previsão e dicas de negociação para o GBP/USD:

É possível vender o par hoje se ele se consolidar abaixo de 1,3482 no gráfico horário, com alvos em 1,3416–1,3425. Era possível comprar nas recuperações dos níveis 1,3357–1,3364 e 1,3416–1,3425. Hoje, essas posições podem ser mantidas com um alvo de 1,3587 se houver uma recuperação de 1,3482.

As grades de Fibonacci são traçadas de 1,3586–1,3139 no gráfico horário e de 1,3431–1,2104 no gráfico de 4 horas.