Para o GBP/USD, o padrão de ondas continua indicando a formação de uma estrutura impulsiva de alta. O quadro das ondas é praticamente idêntico ao do EUR/USD, uma vez que o fator realmente determinante permanece sendo o dólar. A demanda pela moeda americana tem caído no médio prazo, o que faz com que muitos pares apresentem dinâmicas quase idênticas. Neste estágio, presume-se que a onda 4 esteja concluída. Caso isso se confirme, a valorização do par deve seguir dentro da onda impulsiva 5. É possível que a onda 4 ainda assuma uma forma de cinco ondas, mas esse não é o cenário mais provável.

Vale lembrar que, atualmente, grande parte do que acontece no mercado cambial depende das políticas de Donald Trump — e não apenas das questões comerciais. De tempos em tempos surgem boas notícias vindas dos EUA, mas o mercado permanece atento à incerteza econômica, às decisões e declarações contraditórias de Trump, além da postura protecionista da Casa Branca. Com o aumento das tensões globais, o dólar continua sendo a principal "vítima".

Na sexta-feira, o GBP/USD subiu 100 pontos-base. Alguns podem considerar esse aumento relevante, mas acredito que se trata apenas do início de uma nova queda para o dólar. O padrão atual de ondas não indica qualquer cenário alternativo que ofereça esperança de recuperação para a moeda americana. A configuração é tão clara que poderia ser usada em livros didáticos sobre análise de ondas. Quanto ao noticiário, há muito tempo não se vê 80% do fluxo de notícias desfavorável a apenas uma moeda — neste caso, o dólar. Por isso, sigo esperando apenas novos ganhos para o GBP/USD.

Tenho repetido essa avaliação nas últimas semanas e meses, período em que a demanda pelo dólar aumentou de forma lenta, mas consistente. No entanto, ondas corretivas e trechos de tendência fazem parte do processo. Que conclusões os participantes do mercado podem tirar desta semana? A guerra comercial continua; Trump ainda não conseguiu intermediar uma trégua entre Ucrânia e Rússia; sua pressão sobre o FOMC persiste; algumas tarifas impostas por Trump foram derrubadas por um tribunal, mas permanecem em vigor; os indicadores econômicos dos EUA seguem em declínio; o mercado de trabalho continua "esfriando" e o desemprego está aumentando. Com base nesses fatores, por que o mercado deveria encerrar o trecho de tendência de alta?

Agora, o dólar enfrenta uma oportunidade real de prolongar sua queda por novos motivos. Depois que os dados recentes confirmaram o esfriamento do mercado de trabalho americano, está claro que o Fed não apenas cortará a taxa de juros em setembro — esse será apenas o início de um novo ciclo de flexibilização monetária. Atualmente, os membros do FOMC mencionam a possibilidade de duas rodadas de afrouxamento em 2025, mas vale lembrar que Adriana Kugler já deixou o cargo e Lisa Cook pode sair em breve. Quem mais Trump mirará ainda é incerto, mas é provável que busque novas mudanças. Até o Ano Novo, a composição do FOMC pode ser completamente alterada, em linha com as demandas do presidente dos EUA.

Conclusões

O quadro de ondas para o GBP/USD permanece inalterado, indicando um segmento de tendência impulsiva de alta. Sob a gestão de Donald Trump, os mercados podem enfrentar choques e reversões que afetariam significativamente o padrão de ondas; no entanto, por enquanto, o cenário principal permanece intacto.

As metas para o segmento de alta estão próximas de 1,4017. Presume-se que a onda corretiva 4 esteja concluída e que a onda 2 em 5 também esteja completa ou próxima da conclusão. Com base nisso, a recomendação é comprar, tendo como meta o nível de 1,4017.

Princípios fundamentais da minha análise:

1. As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e mudam frequentemente.
2. Se não houver certeza sobre a situação do mercado, é melhor ficar fora.
3. Nunca se pode ter 100% de certeza sobre a direção do movimento. Use sempre ordens de Stop Loss de proteção.
4. A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.