O par USD/CAD segue em queda a partir da máxima semanal próxima de 1,3850. Após quatro dias consecutivos de ganhos, a cotação agora opera ligeiramente abaixo do nível psicológico de 1,3800, enquanto os investidores aguardam a divulgação dos principais dados de emprego — o NFP.

O relatório de folhas de pagamento não agrícolas dos EUA, que será publicado ainda hoje durante a sessão norte-americana, terá papel determinante na direção de curto prazo do dólar. Combinado aos dados mensais de emprego do Canadá, o indicador deve gerar volatilidade no USD/CAD e abrir oportunidades de negociação no curto prazo.

Paralelamente, a expectativa cada vez mais firme de que o Federal Reserve cortará os juros em setembro — com ao menos mais duas reduções de 25 pontos-base até o fim do ano — tem levado os compradores do dólar a adotar uma postura defensiva. Esse fator contribui para a pressão de baixa sobre o par. Ainda assim, a incerteza em torno das disputas comerciais pode limitar o espaço de valorização do dólar canadense.

O presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou um recurso à Suprema Corte pedindo uma análise urgente para reverter a decisão de um tribunal de apelações que considerou a maior parte de suas tarifas ilegais. Paralelamente, anunciou que sua administração imporá tarifas sobre a importação de semicondutores de empresas que não transferirem a produção para os EUA, no contexto das negociações do acordo de livre comércio entre Estados Unidos, México e Canadá.

No mercado, os preços mais baixos do petróleo podem desencorajar os traders de assumirem posições compradas no dólar canadense — uma moeda atrelada a commodities —, o que tende a conter as perdas no USD/CAD. Ainda assim, a cotação caminha para encerrar a semana com um modesto ganho, influenciada sobretudo pela dinâmica do dólar americano.

Do ponto de vista técnico, os osciladores no gráfico diário permanecem positivos. O par encontra suporte na média móvel exponencial de 9 dias (EMA), próxima ao nível psicológico de 1,3800. Se os preços retomarem 1,3850, poderão avançar em direção a 1,3900, com resistência intermediária ao redor de 1,3870.

Por outro lado, uma queda pode levar as cotações em direção à média móvel simples de 50 dias (SMA), seguida de uma pausa na SMA de 100 dias. Abaixo desse patamar, os compradores tendem a enfrentar maiores dificuldades diante da pressão vendedora.