A principal criptomoeda tentou repetidamente uma recuperação, mas com sucesso misto. O Bitcoin está atualmente em um caminho de recuperação, ultrapassando ligeiramente o Ethereum, que também está ganhando impulso.
O Bitcoin começou sua recuperação subindo para US$ 111.200, ultrapassando a média móvel de 100 horas. No entanto, o BTC pode entrar em uma nova fase de queda se não conseguir ultrapassar o nível de resistência de US$ 112.500, alertam os especialistas.
Na sexta-feira, 5 de setembro, o Bitcoin era negociado a US$ 112.930, após iniciar o dia em movimento lateral. Até o momento, o BTC rompeu os níveis de resistência em US$ 110.000 e US$ 110.500, superando também o nível de 61,8% da retração de Fibonacci do principal movimento de queda — da máxima de US$ 113.457 até a mínima de US$ 107.352.
Na semana, as perdas do Bitcoin ficaram em torno de 1,5%. Parte da tensão no mercado cripto é atribuída à cautela dos investidores antes da divulgação do relatório de folhas de pagamento dos EUA (nonfarm payrolls). O BTC segue mais sensível às notícias macroeconômicas do que a maioria das demais criptomoedas.
Atualmente, o ativo é negociado acima de US$ 111.000 e da média móvel simples de 100 horas. A resistência mais próxima na tendência de alta está em torno de US$ 112.500. No entanto, sinais falsos podem ocorrer dentro da faixa de consolidação atual, entre US$ 108.000 e US$ 113.000, sendo que um rompimento claro pode confirmar uma tendência altista mais robusta.
O próximo nível potencial de resistência está em US$ 113.450, e um fechamento acima desse patamar pode abrir espaço para novos ganhos. Nesse cenário, a principal criptomoeda poderia testar US$ 114.500, com alvo final em torno de US$ 115.500.
Enquanto isso, grandes mineradoras vêm aumentando a produção de BTC, mesmo diante da dificuldade recorde na mineração.
Apesar da maior dificuldade de mineração dos últimos 12 meses, as empresas Riot Platforms e CleanSpark conseguiram aumentar significativamente sua produção de Bitcoin.
Ambas também expandiram seu hashrate. A Riot Platforms atingiu uma média de 31,4 EH/s, ante 14,5 EH/s em 2024 — um crescimento de 116,6%. Já a CleanSpark elevou sua potência de 21,3 EH/s para 43,3 EH/s, um avanço de 103,3%. Esse crescimento do hashrate, mais rápido do que o aumento da dificuldade, ajuda a explicar o bom desempenho recente dessas empresas.
Dificuldade de mineração do Bitcoin atinge novos recordes
Esses resultados ganham ainda mais relevância diante da forte alta na dificuldade de mineração. Nos últimos 12 meses, o indicador avançou 44,9%, de 89,5 trilhões de hashes em agosto de 2024 para 129,7 trilhões em 2025.
A dificuldade de mineração do Bitcoin mede o grau de complexidade para que os mineradores encontrem um novo bloco e recebam a recompensa. À medida que essa métrica cresce, as empresas precisam investir em hardware mais potente, ampliar data centers e ajustar suas estratégias operacionais.
BTC pode recuar novamente?
Diante desses desafios, o Bitcoin precisa superar alguns obstáculos para se manter em alta e evitar uma nova correção. O suporte imediato está em torno de US$ 111.500, com o próximo nível-chave próximo de US$ 110.000. Uma perda adicional poderia levar o BTC a US$ 109.250, embora esse cenário seja considerado improvável no momento.
Ethereum pode chegar a US$ 5.500
O Ethereum mantém espaço para valorização e pode mirar a região de US$ 5.500, caso a tendência de alta seja confirmada.
A segunda maior criptomoeda, o Ethereum (ETH), pode alcançar US$ 5.500, segundo analistas. Esse cenário é sustentado por restrições de liquidez e sinais altistas no mercado futuro.
Em agosto, o Ethereum disparou para US$ 4.950, registrando uma nova máxima histórica em meio a um rali mais amplo do mercado e à entrada de recursos em ETFs à vista de ETH. No entanto, essa alta também traz alguns alertas: dados de carteiras em corretoras indicam cautela entre investidores de curto prazo, ao passo que os de longo prazo demonstram confiança no potencial de valorização do ativo.
No último mês do verão, as reservas de Ethereum na Binance subiram de forma expressiva, sugerindo realização de lucros. Paralelamente, a oferta líquida de ETH também aumentou, sinalizando o retorno de alguns detentores ao mercado. Ainda assim, a busca por altos rendimentos em staking envolve riscos, alerta a SharpLink Gaming, segunda maior detentora pública de ETH em ativos.
Tradicionalmente, quedas acentuadas no preço das criptomoedas levam a liquidações em massa. Porém, o momento atual é distinto: a resiliência do mercado de ativos digitais indica que os traders não estão correndo para encerrar posições. Em vez disso, esperam por uma recuperação ou mostram confiança de que novas quedas não serão significativas.
De modo geral, o sentimento no mercado cripto permanece positivo, mas com otimismo cauteloso em relação ao futuro.
