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01.08.2025 02:24 PM
O dólar recupera o domínio no cenário global

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Julho marcou o retorno do dólar à liderança no mercado cambial. A moeda norte-americana recuperou todas as perdas registradas em junho e acumulou uma valorização de 3,38% no índice. Com o apoio de fatores fundamentais, o dólar voltou a ocupar o centro dos fluxos globais de capital.

O primeiro ponto de destaque foi o fim do prolongado impasse político em torno do Federal Reserve. Trump reduziu a pressão sobre o banco central, enquanto o Fed reafirmou sua independência ao indicar que as taxas de juros permanecerão elevadas pelo tempo necessário para conter a inflação. A probabilidade de um corte em setembro caiu consideravelmente. Antes, o mercado praticamente dava como certo um afrouxamento em setembro; agora, muitos projetam que isso só deve ocorrer em outubro ou até dezembro — e há quem acredite que os juros possam seguir altos até 2026.

Outro fator de apoio veio da política comercial dos EUA, que se intensificou com a assinatura de diversos acordos favoráveis e a imposição de novas tarifas sobre importações de dezenas de países. A tarifa média subiu de 2,3% para 15,2%, em uma ampla reconfiguração do comércio global voltada à redução do déficit e ao incentivo da produção interna. Para o dólar, isso significa maior demanda: cada vitória comercial eleva a arrecadação, reduz a saída de capitais e fortalece a confiança na economia americana.

No campo econômico, os dados têm sido discretos, mas consistentes. O mercado de trabalho segue como principal sustentação da economia: os pedidos de auxílio-desemprego permanecem baixos, e a criação de vagas segue em ritmo acelerado.

Em junho, a renda e os gastos avançaram na mesma proporção, com alta de 0,3%, refletindo o otimismo do consumidor americano. Mesmo com alguns picos pontuais, a inflação está sob controle. A inflação do PCE subjacente, por exemplo, está em 2,8% na comparação anual, e o deflator mantém trajetória equilibrada.

Embora o Fed tenha feito declarações formais sobre a desaceleração do crescimento, Jerome Powell continua a destacar a força do mercado de trabalho e a necessidade de manter uma política moderadamente restritiva.

Na prática, isso praticamente encerra a discussão sobre um corte iminente nos juros — pelo menos até que surjam dados econômicos realmente negativos. Ainda assim, dois membros do FOMC votaram por um corte, algo que não ocorria desde 1993, indicando certa divisão interna. No entanto, o tom geral permanece contracionista, o que dá sustentação ao dólar.

O cenário externo também favorece a moeda americana. A economia dos EUA cresceu 3% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior — após uma contração no primeiro trimestre —, afastando os temores de recessão.

Não há sinais claros de desaceleração significativa nem de perda de confiança por parte do consumidor. Os Estados Unidos continuam a se destacar como uma ilha de estabilidade em meio à turbulência enfrentada por Europa e Ásia.

Cenário técnico: impulso favorece o dólar

O índice DXY rompeu níveis de resistência importantes e se consolidou próximo da marca psicológica dos 100,0 pontos — uma máxima de dois meses. As tendências nos principais pares agora favorecem claramente a moeda norte-americana:

EUR/USD caiu abaixo de 1,1450 e agora é negociado próximo de 1,1420, seu nível mais baixo em um mês e meio. A perda da marca de 1,1450 abre caminho para os níveis de 1,1360 e 1,1300, onde provavelmente estão concentradas ordens de stop relevantes.

GBP/USD perdeu quase 4% em julho, oscilando em torno de 1,32. Os suportes estão em 1,3160 e 1,3050. Enquanto não surgir um gatilho de reversão, a libra permanece sob pressão.

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USD/JPY: O iene continua sendo a moeda mais fraca entre as principais. O par permanece firmemente acima de 150, com a próxima resistência em 152 e alvo em 154.

Os volumes de negociação em dólar seguem elevados, confirmando a força da tendência. Apesar de alguns pares apresentarem sinais de sobrecompra nos indicadores diários, as correções até agora têm sido moderadas. O dólar ainda carece de um gatilho externo forte para uma reversão, enquanto os mercados de ações e commodities seguem apáticos diante dos desdobramentos macroeconômicos.

O próximo alvo relevante para o índice DXY é a faixa entre 100,5 e 101,1, que concentra uma resistência semanal significativa. Um rompimento dessa zona pode abrir caminho para os níveis de 102,2 a 103.

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A sazonalidade também joga a favor do dólar: historicamente, agosto é um mês de maior volatilidade, período em que muitos investidores realizam lucros em ativos de risco e migram para alternativas consideradas mais seguras. Os mercados começam a se posicionar para o ciclo de decisões do Fed e do BCE no outono, além de eventos políticos nos Estados Unidos e na União Europeia — fatores que tendem a ampliar ainda mais a demanda pela moeda americana.

Perspectiva: Dólar mantém vantagem, mas riscos de correção aumentam

Agosto costuma ser um mês volátil para o dólar, mas os fundamentos e os sinais técnicos atuais seguem amplamente favoráveis à moeda norte-americana. Caso não haja surpresas negativas relevantes na economia dos EUA, o índice DXY pode testar a faixa entre 101,5 e 102,2 até meados do mês. Entre os principais fatores de impulso estão:

Economia forte nos EUA: enquanto o mercado de trabalho e a atividade do consumidor se mantiverem sólidos, o dólar enfrentará pouca resistência.

Política do Fed: eventuais sinais de flexibilização tendem a ser compensados por uma retórica mais firme. A própria pausa no ciclo de alta de juros já oferece suporte à moeda.

Guerras comerciais e tarifas: cada nova tarifa eleva a demanda por dólares, já que as empresas precisam de mais liquidez em USD para transações internacionais.

Sazonalidade: agosto costuma marcar maior busca por ativos de refúgio, em meio à baixa liquidez e à turbulência típica do período.

Ainda assim, à medida que o DXY se aproxima da faixa de 101,5–102,2, aumentam os riscos de correção. Condições de sobrecompra podem levar especuladores a realizar lucros, especialmente se os dados macroeconômicos da Europa e da China mostrarem sinais de estabilização ou se os indicadores do mercado de trabalho nos EUA decepcionarem. Além disso, tensões geopolíticas e disputas pré-eleitorais nos Estados Unidos podem gerar volatilidade adicional.

Ideia de negociação para agosto:

Compre o dólar em recuos em relação ao euro, à libra esterlina e ao iene, com pequenos intervalos e realização de lucros nos principais níveis de resistência. Alvos: USD/JPY a 152-154, EUR/USD a 1,13, GBP/USD a 1,3050. As correções devem ser rápidas e acentuadas, portanto, as posições devem ser gerenciadas de forma dinâmica.

Conclusão:

O verão é uma estação quente para o dólar. A economia dos EUA define o ritmo, enquanto o resto do mundo se esforça para acompanhá-la. Perder essa tendência seria um erro do trader.

Natalya Andreeva,
Especialista em análise na InstaForex
© 2007-2025
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