Hoje, o ouro mantém um tom positivo; no entanto, os touros estão agindo com cautela, preferindo abster-se de compras agressivas antes da divulgação do importante relatório do Non-Farm Payrolls (NFP) dos E.U.A.. O fortalecimento do dólar dos E.U.A. em meio ao reposicionamento do mercado cria ventos contrários para o ouro, limitando seu movimento ascendente.

Além disso, as expectativas de retomada das negociações comerciais entre os EUA e a China funcionam como um fator limitante para a valorização do metal precioso. Os investidores permanecem cautelosos diante das mudanças frequentes na política comercial do presidente dos EUA, Donald Trump, o que intensifica a incerteza nos mercados.

Ao mesmo tempo, os riscos geopolíticos associados ao conflito contínuo entre Rússia e Ucrânia, bem como às tensões persistentes no Oriente Médio, continuam a sustentar a demanda por ouro como ativo de refúgio. Adicionalmente, as expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve em 2025 podem enfraquecer o dólar americano, contribuindo para uma valorização adicional do ouro.

Do ponto de vista técnico, a região do nível redondo, que marca o limite superior da faixa de consolidação de vários dias, representa a resistência imediata. Considerando que os osciladores no gráfico diário permanecem em território positivo, uma quebra sustentada acima desse patamar seria interpretada como um novo gatilho altista. Um avanço subsequente poderia levar o preço à próxima resistência psicológica em US$ 3.500, com um obstáculo intermediário em torno de US$ 3.440.

Por outro lado, o limite inferior da faixa, situado próximo a US$ 3.334, continua atuando como suporte chave de curto prazo. No entanto, um rompimento abaixo desse nível, com vendas adicionais pressionando a região de US$ 3.325, poderia abrir caminho para uma queda mais acentuada rumo ao suporte psicológico em US$ 3.300.