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01.05.2025 02:29 PM
Por que o dólar subiu mesmo com os dados fracos do PIB dos EUA?
O dólar norte-americano ignorou completamente a forte contração do PIB no primeiro trimestre deste ano, indicando que os traders e investidores já estão preparados para um cenário pior do que apenas uma desaceleração do crescimento em um único trimestre.

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No primeiro trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos registrou uma contração de 0,3%, contrariando as expectativas de crescimento de 0,2%. Essa retração inesperada gerou preocupações entre economistas e investidores, levando à revisão das projeções para o restante do ano. Os principais fatores por trás da queda foram a redução nos gastos governamentais e o aumento das importações, impulsionado por empresas que anteciparam compras antes da entrada em vigor das novas tarifas comerciais implementadas pelo governo Trump. Apesar do cenário negativo, os gastos dos consumidores — que representam uma fatia significativa do PIB — permaneceram resilientes, refletindo uma confiança contínua no consumo interno.

Outro indicador observado de perto pelo Federal Reserve é o índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), principal referência utilizada pelo banco central norte-americano para definir a taxa de juros. Em março, o PCE avançou para 2,3% na comparação anual, ligeiramente acima da previsão de 2,2%. Mais relevante ainda, o núcleo do PCE — que exclui os preços voláteis de alimentos e energia — recuou para 2,6% ao ano, abaixo dos 3,0% revisados em fevereiro.

Essa diferença é crucial, pois o núcleo do PCE é a principal métrica usada pelo Fed para avaliar a inflação subjacente. Um valor abaixo do esperado sugere que as pressões inflacionárias podem estar arrefecendo, o que dá ao banco central mais margem para adotar uma postura menos agressiva na política monetária. Considerando que a economia dos EUA já não demonstra a mesma resiliência e que o mercado de trabalho começa a mostrar sinais de enfraquecimento, as chances de o Fed manter os juros elevados por mais tempo parecem estar diminuindo.

Normalmente, a perspectiva de cortes nas taxas de juros pressionaria o dólar. No entanto, diante do risco de uma recessão, uma postura mais "dovish" por parte do Fed pode, na verdade, sustentar a demanda pela moeda norte-americana. Além disso, a redução gradual da incerteza econômica — especialmente em relação aos riscos geopolíticos ligados às tarifas comerciais — tem fortalecido o papel do dólar como ativo de refúgio. Em períodos de instabilidade, investidores continuam a buscar segurança na moeda dos EUA, o que tende a impulsionar seu valor.

De todo modo, os dados mais recentes revelam um panorama misto para a economia americana. Por um lado, a desaceleração da criação de empregos no setor privado e a retração do PIB sinalizam um possível esfriamento da atividade econômica. A fraqueza na geração de postos de trabalho pode indicar uma demanda do consumidor em declínio, o que, por sua vez, afeta a produção. O crescimento negativo do PIB reforça essas preocupações e pode antecipar desafios econômicos mais severos nos próximos trimestres.

Nos próximos meses, os principais vetores que definirão a trajetória da economia norte-americana serão as tendências inflacionárias, o nível de consumo das famílias e o ambiente geopolítico global.

Análise técnica: EUR/USD e GBP/USD em pontos decisivos

No cenário técnico atual para o EUR/USD, os compradores precisam reconquistar o nível de 1,1320 para manter o impulso de alta. Só então será viável mirar um teste da resistência em 1,1380. Superada essa barreira, o próximo objetivo passa a ser 1,1440, embora alcançar esse patamar sem o apoio de grandes players de mercado seja uma tarefa desafiadora. O alvo final estaria em 1,1480, o pico recente. Em caso de queda, espera-se maior atividade compradora em torno de 1,1265. Caso esse nível não segure, um novo teste do fundo em 1,1215 se torna provável, com possíveis entradas longas a partir de 1,1185.

Já no par GBP/USD, os compradores da libra esterlina precisam superar a resistência imediata em 1,3330 para abrir caminho rumo a 1,3370, nível acima do qual o rompimento será consideravelmente mais difícil. O alvo final da tendência de alta está em 1,3400. Por outro lado, em caso de correção, os vendedores tentarão ganhar terreno a partir de 1,3280. Se conseguirem romper esse suporte, o par poderá recuar até 1,3250, com perspectiva de queda adicional até 1,3205.

Jakub Novak,
Especialista em análise na InstaForex
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