Wall Street avança enquanto investidores equilibram esperanças e preocupações
Os mercados acionários dos Estados Unidos registraram forte alta nesta terça-feira, apesar da queda nos preços do petróleo e do ouro, com os investidores equilibrando os lucros corporativos, as notícias sobre as negociações comerciais do presidente Donald Trump e sinais cada vez mais claros de uma recessão econômica global iminente.
Gigantes da IA em destaque
Esta semana promete ser um marco na temporada de balanços trimestrais, com quatro das chamadas "Sete Magníficas" — empresas de tecnologia que investem pesado em inteligência artificial — divulgando seus resultados. Entre elas estão Microsoft, Apple e Amazon, cujos indicadores podem definir o tom do mercado como um todo.
Rali nos mercados: três principais índices sobem
Os mercados acionários americanos encerraram o dia com alta consistente. Os principais índices apresentaram os seguintes resultados:
- Dow Jones Industrial Average: subiu 300,03 pontos (+0,75%), fechando em 40.527,62.
- S&P 500: avançou 32,07 pontos (+0,58%), encerrando o pregão aos 5.560,82.
- Nasdaq Composite: valorizou 95,19 pontos (+0,55%), fechando em 17.461,32.
Europa acompanha com seis dias seguidos de alta
Os mercados europeus também continuam em trajetória positiva. Foi o sexto dia consecutivo de ganhos, impulsionados pelos fortes resultados do setor bancário, enquanto investidores acompanham de perto como as empresas reagem à possibilidade de tarifas mais altas dos EUA.
Índices globais: otimismo moderado
O índice MSCI World Share, que acompanha os mercados internacionais, subiu 4,21 pontos (+0,51%) para 831,42. Já o STOXX 600 da Europa avançou 0,4% às 07h16 GMT. No entanto, se a tendência atual persistir, o mercado continental corre o risco de encerrar o segundo mês consecutivo no vermelho. O índice FTSEurofirst 300 também registrou alta de 7,36 pontos (+0,35%).
Mercados emergentes ganham força; Ásia também em alta
Os mercados emergentes fecharam em território positivo nesta terça-feira, com o índice MSCI Emerging Markets subindo 0,34%, para 1.106,36. A região da Ásia-Pacífico (excluindo o Japão) também teve desempenho positivo, com alta de 0,33% para 575,69. O Nikkei do Japão manteve sua trajetória de alta, avançando 134,25 pontos (+0,38%), encerrando aos 35.839,99.
Dólar se fortalece com sinais positivos nas negociações comerciais
A moeda americana mostrou força após declarações do representante do governo dos EUA, Bessent, sobre progresso nas negociações comerciais e possibilidade de novos acordos tarifários. Ainda assim, o dólar segue sob pressão e caminha para sua maior queda mensal frente ao euro desde o final de 2022.
Eleições no Canadá pressionam o loonie
O dólar canadense, conhecido como loonie, recuou levemente após o Partido Liberal do primeiro-ministro Mark Carney conseguir manter o poder nas recentes eleições. A reação do mercado cambial foi contida, com o loonie recuando 0,06%, cotado a C$1,38 por dólar americano.
Principais moedas: volatilidade no radar
O índice do dólar, que mede a moeda americana frente a uma cesta de divisas, subiu 0,2% para 99,23. O euro caiu 0,35%, sendo negociado a US$1,1381. O dólar também se fortaleceu frente ao iene japonês, com alta de 0,2% para 142,32. A libra esterlina recuou 0,27%, cotada a US$1,3402.
Peso em alta: México vai na contramão da tendência
Em meio à volatilidade geral, a moeda mexicana teve desempenho positivo. O peso avançou 0,18% frente ao dólar, sendo cotado a 19,559.
Petróleo sob pressão: preocupações com a demanda pesam sobre as cotações
Os preços do ouro negro continuam em trajetória de queda — preocupações dos investidores com as perspectivas de crescimento econômico global e uma possível retração na demanda estão pressionando o mercado. O petróleo WTI americano recuou 2,63%, sendo negociado a US$ 60,42 por barril. Já o Brent caiu 2,44%, cotado a US$ 64,25.
Ouro perde brilho com desvalorização nas cotações
O metal precioso caiu nesta terça-feira, com o ouro à vista recuando 0,59%, para US$ 3.321,54 por onça-troy. Os contratos futuros também cederam, com queda de 0,47%, fechando a US$ 3.317,40 por onça. Os investidores parecem ter migrado para ativos de maior risco.
Mercado europeu se recupera após forte queda
As ações europeias estão se recuperando de uma forte baixa desencadeada por temores de recessão, em meio à política tarifária agressiva de Washington. O principal índice da região já recuperou mais da metade das perdas após cair quase 18% em relação às máximas históricas registradas no início do mês.
Barclays supera expectativas — ações disparam
Os papéis do gigante bancário britânico Barclays subiram 2,3% após a divulgação de resultados trimestrais surpreendentemente fortes. A empresa registrou um aumento de 19% no lucro do primeiro trimestre, superando com folga as estimativas dos analistas e contribuindo para o otimismo na Bolsa de Londres.
Aquisição impulsiona DSV — ações disparam
Um dos maiores destaques do dia foi a corporação dinamarquesa de logística DSV. Suas ações dispararam quase 10% após a conclusão da aquisição da empresa de transporte alemã Schenker. A companhia também apresentou uma projeção otimista sobre sinergias da fusão — resposta imediata do mercado.
SSAB decepciona: lucro desaba e ações acompanham
Em contraste com o movimento geral de alta, a SSAB, siderúrgica sueca, trouxe um tom negativo ao mercado. A empresa reportou queda de 57% no lucro operacional do primeiro trimestre. A reação foi imediata: suas ações caíram quase 5%.
Futuros em queda: Ásia desperta com pessimismo
Os futuros dos índices norte-americanos recuaram durante a sessão asiática: o Nasdaq caiu 0,67% e o S&P 500, 0,5%. Os contratos europeus do EUROSTOXX 50 também apresentaram desempenho negativo, com queda de 0,06%.
Mercado chinês hesita, Hong Kong avança levemente
Os dados econômicos da China não empolgaram os investidores — o índice CSI300, que reúne as principais empresas chinesas, recuou 0,07%, apagando os ganhos iniciais. Já o índice Hang Seng, em Hong Kong, registrou alta moderada de 0,1%.
Mercados asiáticos demonstram otimismo moderado
O índice amplo de ações da Ásia-Pacífico (excluindo o Japão), da MSCI, avançou 0,6%. O Nikkei japonês também fechou em alta, com ganho de 0,32%, refletindo o crescente interesse dos investidores pelos mercados asiáticos, apesar das preocupações globais.